quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Exemplo De Raça & Cultura

Emilly Natividade Pereira de Jesus, 7 anos de idade , filha de Cristina Maria Natividade Perreira Na senzala do Samba aqui em Itapuã.

Malê Debalê

 O Malê Debalê é uma dos blocos afros mais antigos de Salvador. Fundado em 29 de março de 1979, a entidade nasceu no bairro de Itapuã com o intuito de ajudar a população carente local e de levar o carnaval a um lugar distante do centro.
O movimento negro, que começava a se fortalecer na época, foi o principal motor para o crescimento do Malê. O festejo de Momo é o momento de consagração para o bloco. A dança e vestes traduzem o tema escolhido. Neste carnaval, os 120 anos da Lei Áurea são lembrados de forma crítica, já que a libertação dos escravos não foi seguida de uma contrapartida governamental de ajuda àquelas pessoas.

Lagoa do Abaeté

 A lagoa do Abaeté situa-se no bairro de Itapuã, localizando-se ao centro da Área de Proteção Ambiental do Parque Metropolitano da Lagoa e Dunas do Abaeté, em Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia.Situado a mais de dez quilômetros do Centro da Capital, a principal via de acesso, a partir da Ladeira Ibiama', em Itapuã, até a Ladeira do Mirante, que termina justamente no mirante do Abaeté, de onde pode se ter uma vista ampla do parque.O Parque Metropolitano da Lagoa e Dunas do Abaeté foi criado em 3 de setembro de 1993, com uma área de doze mil metros quadrados. Além das dunas e da Lagoa, possui um centro urbanizado, onde as lavadeiras têm a sede de sua associação.Lagoa de mistérios e encantos, muitas lendas surgiram em torno das águas escuras dessa massa de água doce cercada pelas alvíssimas areias de imensas dunas. A antiga Lagoa de Itapuã, escondida em meio a belezas naturais, era reverenciada como sagrada, pelos adeptos do candomblé.
Visitada por poucos turistas, todos temiam o banho em suas águas que, segundo se dizia, "engoliam" em misteriosos rodamoinhos, cujos pontos eram do conhecimento de poucos. Eventuais mortes por afogamento apenas aumentavam essa aura de mistério.
O fato é que, por sua água doce, sustentada por nascentes que surgem no meio das dunas - e não pelo represamento da chuva, como um dia se acreditou - o Abaeté era usado por lavadeiras que, em suas margens, ajudaram a manter vivas muitas das tradições ancestrais que enriquecem a cultura de Salvador.
No final dos anos 1970, com a melhoria do acesso ao norte, a construção do Aeroporto Internacional 2 de Julho (hoje homenageando um ex-deputado), diversos loteamentos foram sendo instalados em suas imediações, o próprio bairro de Itapuã cresceu - além de centenas de ocupações irregulares - provocaram verdadeira devastação nas dunas, com a retirada de suas areias para a construção civil de forma clandestina e descontrolada.

Galeria De Fotos

Previdência Social - Itapuã
Sereia de Mário Cravo Junior, em Itapuã.

Madeireira Itapoan

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Bompreço- Itapuã

Feira de Itapuã

Vila dos Ex. Combatente

Av. Dorival Caymmi

Av. Dorival Caymmi 

Dorival Caymmi - A Lenda do Abaeté

 Abaeté
 A noite tá que é um dia
Diz alguém olhando a lua
Pela praia as criancinhas
Brincam à luz do luar
O luar prateia tudo
Coqueiral, areia e mar
A gente imagina quanto
A lagoa linda é
A lua se namorando
Nas águas de Abaeté
(Dorival Caymmi - "A Lenda do Abaeté")

quarta-feira, 29 de setembro de 2010


Antônio Conceição era presidente do grupo ecológico Nativos de Itapuã. Ele lutava pela preservação da Lagoa do Abaeté e melhorias no bairro.
 Antônio morreu aos 44 anos, no dia nove de julho de 2007. Ele era presidente da ONG Nativos de Itapuã e defendia a conservação do Parque do Abaeté. Se tornou alvo dos traficantes depois que, na esperança de conseguir obras de urbanização na Baixa do Soronha, passou a acompanhar técnicos da Conder no local. Para garantir maior segurança à equipe do órgão estadual que visitava a área, as incursões na Baixa do Soronha eram feitas sob escolta policial.

Antonio foi sequestrado e assassinado quando saia de casa. O corpo do ambientalista foi levado pelos bandidos e encontrado, horas depois, carbonizado dentro de um carro em Vila de Abrantes.

FESTA DE ITAPUÃ




 Duas horas da manhã. Nas ruas de Itapuã o Bando Anunciador inicia o ritual de despertar os moradores do bairro ao som das violas, banjos, cavaquinhos, bandolins e maracas. É o início da Lavagem de Itapuã. Uma multidão vai se formando até que, às cinco horas, uma alvorada de fogos anuncia o nascer do sol e a pré-lavagem da escadaria da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã pelos nativos do bairro. Esta lavagem inicial foi introduzida na festa a partir de um sonho da já falecida moradora do bairro Dona Niçu. Ela introduziu também o seu tradicional café da manhã servido a todos os participantes da festa, tradição seguida por seus filhos mesmo após a sua morte. Durante a manhã os rituais religiosos acontecem simultaneamente ao desfile de blocos de chão como “As Donzelas”, “Galera do Mar” e o “Male de Balê”. As ruas são tomadas por baianas, pescadores, ciclistas, capoeristas e cavaleiros. Ao meio dia acontece a lavagem oficial das escadarias. Durante a tarde a festa costuma ferver debaixo de um sol de verão e ao som de trios elétricos que fazem a alegria da população até a noite. Como em todas as festas populares de Salvador, as ruas são tomadas por barracas de comidas e bebidas que abastecem o corpo dos foliões, já que o espírito está alimentado com muita alegria e devoção a Nossa Senhora da Conceição e Iemanjá.

IGREJA E RELIGIÃO

Igreja Nossa Senhora de Conceição
de Itapuã .
- CAPELA DE SÃO FRANCISCO
A Capela foi erguida no século XVIII por ordem de Francisco Dias D’Ávila, para abrigar a imagem de Santo Antônio Argoin, que apareceu entre os destroços de um naufrágio na região. Situada no cemitério de Itapuã, que fica na atual Vila dos Sargentos, a capela continua sendo freqüentada, embora os fiéis não mais realizem Lavagens e Procissões em homenagem a São Francisco, como no passado.

- IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE ITAPUÃ
Localizada onde hoje é a praça Dorival Caymmi, a principal igreja de Itapuã começou como uma capela de pescadores, em 1625, ganhando a categoria de “paróquia” somente em 1815. A Igreja é um dos mais importantes patrimônios históricos e culturais de Itapuã, com valiosas imagens de Santo Antônio,

Nossa Senhora da Conceição da Praia de Nossa Senhora de Sant’Ana. Ainda possui, como dependências, a Capela Sagrado Coração, localizada na rua Juiz Orlando Melo, e a Capela Santo Padre Pio, situada na Vila dos Sargentos.

Atrativos

 -PRAIA DE ITAPUÃ
A praia de Itapuã dista cerca de 35 Km do centro de Salvador. É uma praia de águas tranqüilas, boa para canoas e jangadas, com areia grossa e uma bela visão da cidade, ao longe. Por ser cercada por uma barreira natural de recifes, antes da existência do Farol costumavam acontecer vários naufrágios na região.

- PRAIA DO FAROL
Perto do Farol, a praia também é conhecida por algumas letras, que eram as antigas denominações das ruas da área, como Rua K e Rua J. O mar é cheio de pedras, podendo formar piscinas naturais ou se tornar agitado conforme a maré. A praia do Farol é porto de barcos, e também o local preferido dos surfistas.

- PRAIA DE SÃO TOMÉ
Hoje conhecida como “Praia de Piatã”, essa praia tinha o antigo nome de “Praia de São Tomé” por causa de uma lenda relacionada à aparição do santo no local. Desde muitos anos, essa praia é freqüentada por religiosos, que visitavam a capela (hoje extinta) e o cruzeiro que existe perto dos coqueirais.

- COQUEIRAL
A beleza e a sombra dos coqueirais de Itapuã, citados nas obras de Dorival Caymmi e Vinícius de Morais, eram um atrativo a mais que ornava toda a extensão da Praia de Itapuã até a Praia de São Tomé. Hoje, boa parte desse coqueiral se encontra desmatado. A presença do coco em abundância influenciou a gastronomia local, desde o preparo da moqueca até às guloseimas, como o beiju e a cocada.

- LAGOAS
A Lagoa do Abaeté é um dos ícones mais sagrados de Itapuã, havendo diversas lendas a seu respeito. Por muito tempo, a lagoa foi uma das principais fontes de renda das pessoas do bairro, que a usavam para pescar e lavar roupas, além de ser um lugar onde até hoje acontecem diversas manifestações artísticas e religiosas. A lagoa tem águas escuras em forma de um funil. Segundo moradores, possui diferentes níveis de temperatura que não se misturam: em cima, a água tem temperatura natural; no meio, a água é quente e, no fundo, é gelada. Seu fundo, formado por sedimentos e areia, costuma ser descrito como “pegajoso”. Antes, a Lagoa era rodeada por frondosos cajueiros e outros tipos de árvores que foram desmatadas com o tempo. Devido às construções que começaram a se erigidas em seu entorno e à mudança do seu ecossistema, a Lagoa tem diminuído de tamanho progressivamente. Além da Lagoa do Abaeté, outras famosas na área são: a Lagoa Dois-Dois, uma lagoa temporária que apresenta água transparente, a Olhos D’Água e a Cacimba, que viraram posteriormente nomes de rua, e a Barragem, que era a antiga fonte de água potável para a região. Outras lagoas são: Urubu, Abaeté - Catu, do Toco, das Trincheiras, dos Pombos, das Casas, do Core, da fonte da Praia, dos Milagres e do Canal.

- DUNAS
São depósitos que tiveram origem há milhares de anos, com a participação dos movimentos do mar, dos rios e do vento. A areia alva e fina das dunas costumava cobrir boa parte do solo de Itapuã. Além disso, ainda hoje vão além dos limites da cidade, fazendo divisa com o município de Lauro de Freitas, área pertencente à Aeronáutica, podendo ser vista sua extensão pela Praia do Flamengo. Por causa do número de construções que têm sido feitas na área, o tamanho das dunas diminuiu consideravelmente e, por causa da mudança do ecossistema, boa parte da área também está coberta pela vegetação.

- MORRO DO VIGIA
O morro, considerado um dos pontos mais altos de Itapuã, constituía-se em um atrativo natural que possuía uma vegetação exuberante, sendo um ponto de observação para verificar a chegada de embarcações, além de ter servido como ponto de referência do bairro. Hoje, grande parte de sua área já foi invadida.

- PEDRAS
A “Pedra que Ronca” é a mais famosa das pedras de Itapuã. Localiza-se nas proximidades da rua K, perto do Farol de Itapuã. Contam as lendas que, antigamente, quando as ondas batiam nessa pedra, ouvia-se um barulho assustador, semelhante a um ronco, que fazia as pessoas se esconderem nas
suas casas. Muitas pessoas, inclusive, defendem a idéia de que “pedra que ronca” seria o significado original da palavra “Itapuã”. A Pedra da Beraba e Pedra da Sardinha ficam localizadas nas proximidades da Av. Dorival Caymmi, cerca da Pedra Redonda: esta localiza-se próxima ao monumento da Sereia. A Pedra Goodyear está localizada perto Colégio Estadual Lomanto Junior e é também conhecida como “Diogo Dias”. A Primeira Pedra (Itapuã Grande) e a Segunda Pedra (Itapuã pequena) ficam situadas nas proximidades do Farol. Piraboca: é a pedra em que foi erguido o Farol. Ainda é possível encontrar outras pedras no trecho Itapuã-Boca do Rio, como: Amendoin, Tanhaçu, Cabeça de Nego, Pedra do Sal, Escorrega e Cai, Alentáceos, Vermelha e São Francisco.

- FAROL
Quinto farol a ser erguido na Bahia, e quadragésimo segundo no Brasil, o Farol de Itapuã foi erguido sobre a pedra de Piraboca, em 07 de dezembro de1873. Servindo como um orientador aos navegantes, o farol tem 21 metros de altura, e pode ser visto desde a distância de 14 milhas. Uma vez que essa área é cercada por recifes, essa orientação é fundamental para proteger as embarcações do risco de naufrágio. A Torre do Farol já foi roxo-terra, depois branca e laranja e, por fim, desde a década de 50, a torre é vermelha e branca. Com o tempo, o primitivo equipamento foi sendo substituído por tecnologias mais modernas: em 1923, o Farol recebeu o eclipsor que acende e apaga automaticamente e, a partir de 1939, passou a contar com uma válvula solar. Hoje, com 132 anos, o Farol de Itapuã continua sendo um importante referencial de patrimônio material e cultural do bairro.

- PARQUE METROPOLITANO DO ABAETÉ
A primeira tentativa de preservação dessa área ocorreu em 1987, com a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) Lagoas e Dunas do Abaeté. O Parque Metropolitano do Abaeté, por sua vez, foi criado em 1993, com uma estrutura que contém como núcleo central um Centro de Atividades, a Casa das Lavadeiras e a Casa da Música, além de 2km de vias para caminhada,17
quiosques, dois estacionamentos, um terminal turístico para ônibus e um playground para as crianças brincarem.

- SEREIA DE ITAPUÃ
Um dos principais símbolos do bairro, o monumento da sereia está localizado em um ponto central, no cruzamento entre as Avenidas Otavio Mangabeira, Dorival Caymmi e a Rua Aristides Milton. O monumento foi construído pelo artista plástico Mario Cravo em homenagem aos pescadores e aos elementos que identificam o mar. A sereia mede aproximadamente 1,5m, é feita de ferro
batido, pintada de prata e assentada em uma pedra de granito. O monumento foi instalado em 1958, quando existia uma placa escrita “Bem vindo a Salvador” em 5 idiomas (português, francês, alemão, inglês e italiano). A placa e a sereia foram retiradas com o projeto de Valorização da Orla, sendo reposta depois de seis meses apenas a sereia.

- ESTÁTUA DE BRONZE DO POETA VINICIUS DE MORAES
A estátua foi encomendada pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) ao artista plástico Juarez Paraíso, que contou com a participação de Márcia Magno, Renato Viana e Paula Magno na obra.

- MONUMENTOS DE CALASANS NETO
Trabalhos de Calasans Neto, artista plástico e morador de Itapuã, enfeitam o popular “Largo de Cira” ”, em frente ao shopping Quiosque de Janaína, com uma praça no final da rua que leva o nome do artista.

LARGOS E PRAÇAS

- PRAÇA DORIVAL CAYMMI
Foi inaugurada, em 1953, em homenagem ao músico e compositor Dorival Caymmi, que deu visibilidade ao bairro com suas canções. A praça é um dos lugares mais movimentados do bairro, e localiza-se entre a rua Aristides Milton e a rua Genebaldo Figueiredo, em frente à Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã.

- PRAÇA VINICIUS DE MORAES
Inaugurada em 2003, na área do Farol de Itapuã, perto de onde o poeta e compositor costumava morar, a praça foi idealizada para servir à comunidade do bairro como um espaço público de lazer e cultura. Possui jardins, dez bancos de madeira e piso de concreto, paralelepípedos e detalhes em granito.
Além disso, existem dez totens com as letras de suas músicas mais importantes e trechos de poemas famosos do poeta, além de uma pequena biografia e monumento em sua homenagem.

- PRAÇA ÁUREA TEIXEIRA BARBOSA
A praça fica em frente ao Mercado de Itapuã e foi construída em 2004, quando a Feira de Itapuã foi deslocada para a Nova Brasília. Apesar de possuir bancos de madeira e concreto, atualmente a praça funciona mais como um ponto de passagem para as pessoas que se deslocam naquela área, que possui um comércio movimentado.

- PRAÇA CARLOS BASTOS
Mais antigo morador da Pedra do Sal, o artista plástico, Carlos Bastos, foi homenageado com uma praça que leva o seu nome. A praça Carlos Bastos é hoje conhecida pelo monumento que o próprio artista fez há 10 anos. A escultura começou a ser feita em 1994, sendo concluída em 2002.

- LARGO DO JENIPAPEIRO
Nas proximidades do Largo do Jenipapeiro, existem diversas construções da época em que o bairro era só um pequeno arraial. Na rua Manuel Lisboa, por exemplo, existe uma casa construída em 1949, cujo primeiro morador se chamava Avibal Agripino Bragança. O morador atual da residência se chama Antonio Martins.

Pescadores De Itapuã .




Colônia de pescadores ( ITAPUÃ).
 


Barco de pesca na colônia de pescadores de Itapuã, Vila Velha.
Simpáticos, sorridentes, criativos e conversadores, os pescadores têm muito o que contar. Profissão antiga, que aos poucos foi se modernizando, tornando-se difícil para quem não consegue se adaptar. Sujeitos à chuva, sol, ventos fortes, correntezas, dias sem dormir e saudades da terra, tentam manter o riso.Na década de 50, Itapuã era apenas uma colônia de pescadores em uma região afastada do centro de Salvador (cerca de vinte e cinco quilômetros).A parte mais antiga do bairro é onde se encontra a estátua da Sereia de Itapuã, monumento construído pelo artista plástico Mario Cravo em homenagem aos pescadores e aos elementos que identificam o mar, localizado no cruzamento entre as Avenidas Otavio Mangabeira, Dorival Caymmi e a Rua Aristides Milton.



Personagem De Itapuã .

Cira ,Jaciara de Jesus Santos conheçida
 pelo seus famosos acarajés. 
A quituteira Jaciara de Jesus Santos, a Cira, já acumula 46 anos de experiência no preparo de acarajés, abarás e cocadas. Nesse período, passou a dividir o trabalho com a filha, Jussara, e a neta, Aline, hoje as titulares, respectivamente, dos tabuleiros montados no Rio Vermelho e em Lauro de Freitas. No bairro de Itapuã, Cira se reveza entre o atendimento ao público e o comando da central de produção, que funciona em sua própria casa e conta com uma equipe de 35 pessoas. Por mês, ela prepara cerca de 5000 acarajés sempre crocantes, recheados com um saboroso vatapá de consistência uniforme, camarões grandes secos e salada fresquinha. Outra especialidade é a deliciosa cocada.
Hoje, Cira é uma das mais famosas quituteiras da Bahia. Ela teve, recentemente, seu acarajé, abará e cocadas eleitos, pela revista Veja, como os melhores do Brasil. Talvez por causa de sua infância pobre, Cira se preocupe com as pessoas carentes do bairro onde desenvolveu o seu comércio. Além de já ter criado cinco filhos adotivos, ela doa, todos os meses, 150 quilos de alimentos para a Paróquia de Itapuã. Fornece os “acarajés do folclore” para uma creche no Alto do Coqueirinho. E afirma que não consegue negar comida aos meninos de rua que, diariamente, fazem fila no ponto onde trabalha, em Itapuã.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Praias De Itapuã.

Itapuã é uma das praias situadas no bairro de Itapuã, em Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia.
Ornada por centenas de coqueiros altíssimos, a Praia de Itapuã, cantada nos versos de Vinicius de Moraes, é uma das preferidas pelos moradores da capital baiana.
Itapuã é a continuação, da orla da cidade alta, de diversas praias que têm início no bairro da Barra, na praia da Barra e continuando nas praias de Ondina, Rio Vermelho, Amaralina, Pituba, dentre outras e se estendendo até a Terceira Ponte, Corsário, Placaford, indo até o Farol de Itapuã - onde se encontra a Praia do Farol.
O litoral se estende adiante para outros municípios onde se encontra o chamado Litoral Norte que vai até a divisa com Sergipe, sendo acessado através de rodovia, constituindo a Linha Verde.
Situada ao Norte da cidade, fora da Baía de Todos os Santos, Itapuã é banhada diretamente pelo Atlântico, proporcionando em alguns pontos, a prática do surf.Em Itapuã foi identificado um ponto de desova para tartarugas marinhas, razão pela qual ali se instalou um posto do Projeto TAMAR, de preservação - e constitui-se em mais um atrativo para esta praia.




As praias mais concorridas sofrem com a lotação, nos fins-de-semana, havendo dificuldade para encontrar-se estacionamento. Alguns carros param sob coqueiros, o que configura um risco se houver a queda de algum fruto. Muitos guardadores exploram os banhistas, há riscos de assaltos, além do elevado preço em algumas barracas.Alguns pontos da praia são de frequência quase exclusiva de grupos e minorias, razão pela qual há certa discriminação

Arte em Itapuã.


Obras de arte na praia de Itapuã.

Um grande ponto de atração turistica e muito agradavel para todos, moradores.São mosaicos nas paredes, em bolas pequenas e grandes de concreto, que retratam as figuras típicas de Itapuã e da Bahia .Os mosaicos dão ao local um toque especial.Esse trabalho maravilhoso é do grande artista Bel Borba.





Farol de Itapuã.



Localizado na Praia de Itapuã e em plena atividade para orientação de navegações, serve, pela beleza que lhe é conferida, como fonte de inspiração para diversos compositores baianos.

Praça Vinicius de Moraes

A praça foi construída em sua homenagem, com uma área de 1.421,00 m² e conta com uma estátua em tamanho natural do poeta, sentado numa cadeira, apoiado numa mesa, enquanto a mão direita rabisca um caderno. Ao lado encontra-se uma cadeira vazia. Inaugurada no dia em que ele completaria 90 anos(19/10/83), a praça também conta com 10 totens de 0,90 x 1,60 m confeccionados em granito apicoado, onde estão gravadas em placas de aço inox coloridas as letras / textos do compositor.
O autor da obra é o artista plástico de Rio das Contas (interior da Bahia) Juarez Paraíso, nascido em 1934, formado pela Escola de Belas Artes da Bahia, tendo sido meu professor na escola de Arquitetura da UFBa.
A praça serve, pela beleza que lhe é conferida, como fonte de inspiração e lazer para a população e os diversos moradores baianos. 
 Podemos encontrar também na praça Vinicius de Moraes , algumas de suas obras :


Praça -Vinicius de Moraes- Itapuã-Salvador/ BA

Praça -Vinicius de Moraes- Itapuã-Salvador/ BA
Na rua Carlos Drummond de Andrade, bairro de Itapuã, Salvador - Bahia / Brasil, próximo ao Farol, se encontra a Praça Vinícius de Moraes, com a famosa estátua em tamanho real do saudoso poeta e compositor.
Vinicius de Moraes ,foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.
Algumas Canções:

  • A oca




  • A uma mulher




  • Amei tanto




  • Canção de nós dois



  • Com Tom Jobim: Garota de Ipanema
    Com Toquinho : Tarde em Itapoã
    Com Baden Powell:Astronauta  entre outros.

    sexta-feira, 24 de setembro de 2010

    Localização

    Distante do centro da cidade cerca de vinte e cinco quilômetros, Itapuã está situada após o bairro de Piatã, e fazendo limite com Bairro da Paz, São Cristóvão, Stella Maris e com o município de Lauro de Freitas.
     Vista Aerea de Itapuã

    História De Itapuã.

    Em Tupi Guarani, Itapuã quer dizer "pedra que ronca". Conta a história que uma pedra roncava, na praia de Itapoá, sempre que a maré estava vazante e isso acabou dando origem ao nome ao bairro, um dos mais famosos de Salvador. No início da década de 50, Itapuã era apenas uma colônia de pescadores em uma região afastada do centro de Salvador. A praia passou a ser ponto de veraneio predileto dos soteropolitanos e hoje é um dos bairros mais populosos e populares da capital baiana. O pescador Nelson dos Santos, 54 anos, acompanhou toda essa mudança. "Eu sou filho do Rio Vermelho, mas já faz 40 anos que estou em Itapuã, lugar que escolhi para morar por causa do mar ser cheio de peixe, e pescar é minha vida, isso dá tranqüilidade. Hoje em dia está tudo diferente, mas daqui não saio nem morto, tem até cemitério aqui perto!", conta Pai Véio, como é conhecido.Se nos dias atuais a tranqüilidade dos tempos passados já não existe mais, a urbanização não substituiu o encanto e o romantismo de Itapuã. "Aqui ainda é um pouco o bairro do interior, onde as pessoas se sentam na calçada para ver o fim de tarde e têm todo um jeito itapoanzeiro de ser", brinca Cícero Silva, morador do bairro, que escolheu justamente por esse motivo, há quase dez anos. Ainda vale e vai valer em qualquer tempo, seguir o conselho dado em 1969 na canção composta por Toquinho e Vinícius de Moraes: colocar um velho calção de banho e passar uma tarde ao sol que arde em Itapuã. E a labuta dos pescadores no mar ainda é espetáculo de manhã cedo e nos fins de tarde. A Colônia Z-6 tem 2.800 pescadores cadastrados, que tiram do mar o sustento para a família. Por tudo isso, embora o cenário que inspirou tantos poetas tenha mudado bastante, Itapuã continua o lugar perfeito para falar de amor. Ou, para quem está longe, lembrar saudoso como Dorival Caymmi, em Saudade de Itapuã "Coqueiro de Itapuã - coqueiro! Areia de Itapuã - areia! Morena de Itapuã - morena! Saudade de Itapuã - me deixa!".
    Os indígenas, primeiros habitantes do local, já o chamavam de Itapuã. Alguns relatos contam a chegada da fé católica numa terra dominada pelas práticas pagãs, como a lenda da aparição de São Francisco Argoin e a lenda da Pedra de São Tomé. Outros relatos falam que Itapuã era parte de uma enorme fazenda, cuja posse até hoje provoca discussões. O que se sabe com certeza é que as terras de Itapuã já foram chamadas por vários nomes, e eram arrendadas pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição até a década de 1950. Como é comum acontecer em Itapuã, à origem do bairro está relacionada às diferentes narrativas que se contradizem e se completam, e que algumas vezes fazem parte dos muitos mistérios associados ao lugar.